Estresse no Trabalho
Correria do dia-a-dia, tarefas acumuladas, cansaço, pressão no ambiente de trabalho, responsabilidades pesando nos ombros, prazos se apertando, irritação com colegas, serviços dando errado… E lá vem outra pessoa com mais uma carga de trabalho por fazer. As mãos começam a tremer e suar, a dor de cabeça desperta, o nervosismo se torna palpável, o humor se altera e, de repente, a ansiedade surge como uma vontade imensurável de atirar tudo pelos ares e se esconder.
Se identificou com algum dos sintomas acima? É provável que sim.
O estresse no trabalho é, atualmente, uma das maiores causas de afastamentos no Brasil, podendo incluir depressão, síndrome do pânico, alto grau de perfeccionismo levando à exaustão. Dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho mostram que mais de 64 mil pessoas se afastaram do trabalho entre os anos de 2012 e 2017 tendo como causa doenças mentais e comportamentais. Você pode ver mais dados no link: https://observatoriosst.mpt.mp.br/.
Síndrome de Burnout
Trabalho em excesso também pode levar a um problema mais preocupante – a Síndrome de Burnout. Descrito pela primeira vez em 1974 pelo psicanalista Herbert J. Freudenberger, esta síndrome se caracteriza como um esgotamento físico, emocional e mental, que se reflete nas atitudes do funcionário causando ausências no trabalho, falta de motivação, agressividade, mudanças bruscas de humor, pessimismo, tendência a se isolar, tristeza, deficiência na produtividade e bloqueio criativo, pressão alta, crises de asma, problemas com insônia – que tornam o funcionário demasiadamente lento no trabalho –, entre outros sintomas.
Advinda do inglês, a palavra burnout tem a tradução literal como “queima total” ou “queima completa” de alguma coisa, e é exatamente isso que a síndrome causa: o corpo consome toda a energia disponível, levando o indivíduo ao esgotamento. Entre os mais afetados estão professores, atendentes de telemarketing, médicos, enfermeiros, assistentes sociais, policiais e agentes penitenciários.
Impactos do estresse para o funcionário e empresa
A maior problemática está no fato de que isto não afeta somente aquele determinado funcionário, como também todo o grupo funcional, dado que a ansiedade e o pessimismo podem sensibilizar os colegas, gerando um ciclo vicioso onde um descarrega suas frustrações no outro. De tal forma, prejudica enormemente a empresa, diminuindo sua produtividade e gerando um alto custo por pagamento de parte do salário aos funcionários afastados – além, é claro, da necessidade de contratação de substitutos.
Como prevenir o estresse no trabalho?
Como tratamento, é indicado que o enfermo realize atividades distrativas e relaxantes como yoga ou caminhadas, e, em casos severos, faça uso de antidepressivos. Além disso, é importante ter um cuidado maior com as horas de sono, descansando bem, e ter momentos de lazer com a família e os amigos.
Para a prevenção deste inconveniente, é importante que a empresa invista em mudanças de horários, divisão de tarefas complexas entre um grupo, antecipação de férias, entre outros. Também é interessante tornar o ambiente mais suave e sereno, adquirindo o hábito de introduzir vasos de planta nos escritórios, deixar as janelas abertas para ventilação e contato com luz natural e manter bebedouros em diversos pontos estratégicos pela empresa, desde que um funcionário bem hidratado aumenta seu rendimento e produtividade.
Caso o empreendimento trabalhe com máquinas barulhentas (como é o caso de indústrias químicas), o funcionário deve ter pausas mais frequentes para descansar e relaxar a mente, evitando assim dores de cabeça e enxaquecas.
Com isso, é de certo que aumentará o foco e a concentração, a harmonia entre os colegas será restabelecida, haverá melhoria no desempenho, criatividade e capacidade de solucionar problemas, elevando a empresa em níveis de produção e diminuindo o afastamento por causas emocionais e físicas.
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